quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Chuva de Lagrimas

Reza a lenda, que quando uma pessoa de bom coração morre é de costume chover.
Talvez seja verdade.
Talvez não, de fato é verdade.
Tudo fica escuro, as cores perdem o brilho e o único som que se ouve são os sinos da tristeza.

Não estou me referindo aquela chuva que cai do céu em forma de gotas d’água, (que ainda sim também pode acontecer) me refiro as chuvas que saem de nossos olhos.
Aquelas pequenas gotas que quando unidas  transformam-se em rios de lagrimas, trazendo consigo todo seu sofrimento sua dor.
São essas gotículas que deixam marcadas em nosso coração a importância de mostramos nossos sentimentos enquanto podemos, enquanto estamos vivos.

A morte, uma palavra carregada de tantos sentimentos, que chega a se confundir. Para alguns boa, para outros só tristeza.
A quem diga que a morte não traz nada de bom. Talvez a palavra “bom” não seja a melhor á ser usado, quem sabe se dissermos “alivio”, muitos desejam tanto a morte ao estarem subordinados a viver diante tanto dor, física ou emocional. Mas essa definição de sentimento cabe a cada um dizer o que melhor lhe acalenta hoje, por que amanhã podemos ser movidos a ter uma nova percepção.

O que eu diria da “MORTE”, muito e nada.

Talvez eu tenha até morrido, talvez eu morra a cada dia ou talvez eu esteja vivo ainda que vivendo morte, ou quem sabe um morto que vive.

São tantas colocações que podemos fazer que nos causam grandes paradigmas na vida. 
O fato é que vivemos e morremos diariamente, não que a morte seja apenas o físico, os sentimentos também morrem, e ainda que os usemos por tanto tempo não somos capazes de dar um funeral digno a cada um deles.

Hoje, me sinto mais morto que vivo ou mais vivo que morto, isso não sei dizer.
O que posso realmente afirmar é que estou de pé, acordando e dormindo todos os dias, sem saber se terá um novo dia amanhã.



domingo, 18 de janeiro de 2015

Meu Canto Meu Mundo

Talvez aqui seja meu lugar, pássaros cantando, o barulho da água batendo nas pedras, os sons ficam mais intensos, ou quem sabe aqui meus ouvidos se abrem e deixem ouvir cada som com sua particularidade.
Aqui o sol brilha mais forte e queima menos, as estrelas parecem estar tao próximas que as vezes tento toca-las, já a lua essa ainda tenho duvidas, a sensação que tenho que nasce atrás de uma das árvores plantas na porta.

Haaa tudo fica tão intenso, mais verdadeiro, parece que tenho raízes que se cravam reconhecendo seu solo de origem, sou menino da rua que se criou no mato, sou dono de toda natureza ao redor, sou dono desse mundo que Deus me deixou...
Aqui os pensamentos são menos dolorosos, não que deixem de existem e nem quero, apenas são abafados por tamanha grandiosidade que esse lugar me traz.

O que quero de tudo isso?
Continuar correndo, sentindo o vento no rosto, a poeira passar pelos cascos do cavalo e a pura adrenalina de estar vivo e vivendo, de estar em casa......

" Tu pode até sair da "mato" mais o mato jamais sai de VC" 
( palavras de um tio ao vê a felicidade de uma "criança" se deliciar com uma cana.."EU")

Existem lugares que trazem o mundo aos seus pés sem que tenha que sair do lugar.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014


Respostas

Me prendo na esperança de chegar respostas que talvez nunca cheguem. Me prendo na esperando de um sim, quando se tem a presença do puro não.

Correr, pedir, implorar, suplicar tudo isso se diz ser amor, mas o "desistir" também não é amor?

Sim, ao menos dentro de você o desistir pode ser a maior prova de amor. Embora acredite que talvez essa seja a maior prova de amor, digo que nunca quis a maior, contento-me com pouco, com um simples SIM.

Não se prenda ao querer estar bem para fazer bem a alguém, já que podem fazer o bem juntos. São os tombos que ensinam a caminhar, o que importa são as mãos estendidas dispostas a sempre te ajudar a levantar. Se um dia tais mãos não mais estiverem estendidas, olhe para o lado estarei deitado junto a você, daí será uma forma diferente de nos reerguermos juntos.


O sim pra quem se ama pode até tardar, mas um dia chega, porque quem ama não tem pressa, e sim a necessidade de amar a pessoa certa.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

" O que você vê Não é O que Vê"

                  Somos uma sociedade que clama por liberdade, pelo direito de cidadania, pelo direito de ter direitos. Somos uma sociedade que consegue culpar a todos pelos nossos problemas assim livrando nossos umbigos de sermos parte da geração dos problemas.



                Somos uma sociedade incapaz de aceitar a diferença da espécie humana, incapazes de aceitar que o céu pode não ser apenas azul que se pode mesclar as cores formando uma arte, formando uma nova paisagem.
Somos essa sociedade que julga e obriga o próximo a ser quem jamais quis ser, capaz de esconder o seu verdadeiro “eu”, com intuito de conquistar um mínimo de espaço nesse mundinho que julgamos ser gigante. Somos a única arma capaz de extinguir a pureza que existe dentro de cada ser, sem ao menos tocar em sua face.

               Sociedade capaz lutar pelos direitos de cidadania sem que saiba o que realmente significa. Somos uma multidão que quer ter direitos, mas que desses direitos não partam os deveres, queremos ser livres para julgar e apontar sem nenhum remorso, somos seres indolentes.


               Sem máscaras se vai mais longe, com, se passa despercebido. Sair de cara limpar é ser estranho, anormal, uma anomalia. Mas ainda sim é ser você mesmo, é ser verdadeiro mesmo que não te reconheçam.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

"Sozinho"

               Sempre soube que a solidão havia sido criada para mim, sempre sentir que mesmo estando rodeado de pessoas sempre estive só. Sempre fomos eu e meu travesseiro, foram tantos travesseiros que nem me lembro mais, mas posso afirmar que cada um deles foi meu ombro amigo, cada qual levando consigo meus desabafos e choros.

   Talvez tenha sido eu quem tenha escolhido ser sozinho, ou talvez tenha sido pré-determinado a viver sozinho. As vezes até eu consigo não estar comigo, consigo me afastar de mim mesmo no intuito de tentar ser outro alguém, querendo viver outro momento.

   Nunca soube que a solidão doía tanto, até então as dores sempre foram as mesmas, acho que acabei por me calejar, já não vivia sem elas, talvez fosse um sadomasoquismo ou sei lá. Dores vindas de todas as partes, minhas ou de outros que em algum momento passavam a serem minhas.

   Revirando minha caixa de recordações vejo que o “sozinho”, sempre esteve presente. Quando pensava que havia partido, nada mais era que um jogo de “pique-esconde” e lá estava ele esperando para aparecer novamente.

    É ai que se descobre que seus travesseiros já não capazes de suportar seus sussurros, choros, lamentos. Que não podem calar seu grito que vem arranhando teu peito, então descobre que o “sozinho” machuca, que não se pode ser tão forte o bastante para vencê-lo.

    Ha “sozinho”, por tantas vezes nos entendemos, acho que chegamos a ser melhores amigos, são tantas lembranças de nós dois, tantos momentos inesquecíveis, por tantas vezes chorei em teu ombro, me entreguei de corpo e alma a ti.


    Hoje consigo compreender que nessa vida todos temos que partir um dia, temos que traçar novos caminhos, que precisamos sair em buscar de algo novo, algo que te faça acreditar que ainda sim temos que continuar. Diante disso me deixo de coração aberto para que possa partir, não se prenda a mim, não se prenda a ninguém, você não foi feito para pertencer a um único alguém. Que chegue a todos em algum momento, mas que parta deixando apenas a saudade de quem um dia viveu o “sozinho”.


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Lixo e Luxo

                                              Somos humanos, somos feitos do “LIXO e LUXO”.

Não a quem diga que nunca esteve no lixo, o lixo não é apenas para se sujar, é para aprender que na vida nem tudo anda como planejamos, é lá que descobrimos coisas que foram boas, que passamos bons momentos porem não tivemos a sabedoria para compreender a dimensão do que estávamos vivendo. Sair do lixo é sair de mala cheia, levando consigo grandes ensinamentos, não importa quanto tempo demore, não importa quanto tenha que se misturar a essa “sujeira”, quando sair estará limpo, e de cabeça erguida.

Existem aqueles que vivem no luxo praticamente a vida toda, e ao final descobrem que nada sabem e que nada são. Pessoas que passam pela vida apenas por passar, que quando ecoa seus nomes, esvaziam rapidamente no horizonte. Ecoar é garantir que esteve aqui, que conseguiu deixar sua marca, que se fez ser lembrado, não importa que por muitos e sim que pela pessoa certa.

É hora de parar e repensar, é hora de descobrir se está no “LIXO ou LUXO”, e quais ensinamentos foi capaz de aprender, mas ainda é hora de recomeçar, nunca é tarde para viver todos os lados. Viver cada lado te faz conhecer o que a vida tem a oferecer e só assim saberá o que é feito pra você.


Então é hora do novo, do recomeço, de um dia novo a cada dia, e não se esqueça! É do LIXO que saem grandes riquezas.